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Setembro 20, 2025

Do Brasil ao Chile de bike: grupo de amigos 50+ encara viagem de 40 dias para cruzar os Andes pedalando

Grupo de amigos 50+ encara viagem de bike do Brasil ao Chile Cinco ciclistas de Canoas, todos com mais de 55 anos, decidiram transformar a paixão pelo pedal em...

Do Brasil ao Chile de bike: grupo de amigos 50+ encara viagem de 40 dias para cruzar os Andes pedalando
Do Brasil ao Chile de bike: grupo de amigos 50+ encara viagem de 40 dias para cruzar os Andes pedalando (Foto: Reprodução)

Grupo de amigos 50+ encara viagem de bike do Brasil ao Chile Cinco ciclistas de Canoas, todos com mais de 55 anos, decidiram transformar a paixão pelo pedal em uma aventura épica: sair do Atlântico, em Tramandaí, Litoral Norte do RS, e chegar ao Pacífico, em Viña del Mar, no Chile. Foram quase 2,6 mil quilômetros de estrada em 42 dias. Experiência eles tinham, mas nunca haviam feito nada parecido. Os integrantes da viagem foram: Carlos Afonso Schuch, 60 anos; Hermes David Ramos, 67 anos; Jair Mário Cardoso, 61 anos; Oraci Vieira Júnior, 57 anos; Roberto Borba Hartmann, 54 anos. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp "Já tinha feito pedais, mas não tão longos. Tinha feito de ficar até 7 dias fora de casa", lembra Schuch. Dos 42 dias planejados, 38 foram pedalando e quatro de descanso. No total, 48 dias longe de casa, incluindo a volta de ônibus. Grupo de amigos 50+ encara viagem de bike do Brasil ao Chile Imagens cedidas/ Carlos Afonso Schuch Pedal, pousadas e improviso A rotina podia parecer simples: pedalar, comer e dormir, quando e onde desse. No entanto, planejar paradas, calcular tempo e lidar com imprevistos era quase tão desafiador quanto pedalar. Entre um trecho e outro, o grupo descobriu que nem sempre a estrada é acolhedora. "Aconteceu várias vezes de chegar no lugar, e o camping que tinha no mapa não existir ou estar fechado", revela Schuch, que também é arquiteto. Nesses casos, a solução costumava ser uma pousada ou posto de gasolina. O viajante relata que, em um dia específico, no Uruguai, enfrentou chuva intensa e frio, sem saber onde iria dormir. Ele conta que já era noite e o grupo não tinha perspectiva de abrigo, o que aumentou a preocupação. "No fim a gente conseguiu ficar embaixo de uma área coberta, um celeiro no Uruguai. Esse dia marcou, foi quando fiquei com mais medo", comenta. Comida também exigia estratégia. Lanchonetes pelo caminho quebravam o galho, mas boa parte das refeições vinha do que cabia na bagagem. Já a roupa, o arquiteto conta que lavava à mão, pendurava na bicicleta e secava ao vento. Uma das principais inquietações do grupo durante a viagem era em relação às variações de temperatura. E não era para menos: calor intenso em Mendoza, frio cortante nos Andes. Ao longo do percurso, eles encararam de 6º a 35ºC, aproximadamente. O vento, porém, foi o maior inimigo para o arquiteto. "Acho que uma ou duas vezes o vento me jogou para fora da estrada", relata Schuch. "Para o ciclista, a gente brinca que o vento é sempre contra", comenta. Confira registros da viagem Chegada ao Pacífico: alívio, euforia e novos planos Chegar a Viña del Mar foi um misto de alívio e euforia. Depois de seis semanas enfrentando vento, frio, calor e incertezas, para o grupo, ver o mar do Pacífico foi como cruzar a linha de chegada de uma maratona. "Quando nós chegamos lá em cima, a última localidade, que é Las Cuevas, na Argentina, a gente se abraçou muito, porque depois faltavam 200 quilômetros, e era praticamente só descida até o Chile", explica Schuch. Ao tocar a areia chilena, o grupo sentiu a sensação de dever cumprido. Dois dos viajantes ainda arriscaram um mergulho gelado. A estrada, com seus perrengues e paisagens, deixou um gosto de quero mais: "Eu tava dizendo para o pessoal que eu não faria de novo o mesmo, mas já estou imaginando uma próxima", conta. VÍDEOS: Tudo sobre o RS

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